Esquete Demônio Familiar
PERSONAGENS: HENRIQUETE , EDUARDO , PEDRO
Após a dança de capoeira dos escravos.
Eduardo avista Pedro no meio deles.
EDUARDO – (dirigindo-se a Henriqueta) Olha só, aquele moleque ali...
HENRIQUETA – Eduardo releve isso. Ele já causou problemas por demais em nossas vidas.
EDUARDO – Acalme-se, só trocarei poucas palavras.
HENRIQUETA – Pense bem no que irá dizer...
***
EDUARDO – Pedro, moleque... Venha aqui!
PEDRO – Oi meu sinhô, digo, meu antigo sinhô.
EDUARDO – Olha o descaramento... O que fazes por aqui?
PEDRO – Primeiro queria dizer, o sinhô por aqui? Mas que honra!
EDUARDO – Deixe de conversa, responda-me logo.
PEDRO – É que Pedro é cocheiro de major agora, sinhô.
EDUARDO – Pelo visto você conseguiu o que sempre almejou, não estou certo?
PEDRO – Mas o sinhô também... Olhe só, casado com sinhá Henriqueta. Que belo casal.
EDUARDO – Você que tanto foi ardiloso, tentando me ludibriar com suas trapaças... Admito que em primeira instância, fiquei um tanto quanto irritado com sua pessoa.
PEDRO – Perdão sinhô, não era objetivo de Pedro atrapalhar sua vida. Seó queria ser cocheiro.
EDUARDO – Sim, tens o direito, mas me refiro à sua importância na minha união com Henriqueta.
Enriqueta olha espantada.
EDUARDO – Disse palavras rudes no passado, estava atordoado... Gostaria que relevasse isso e de lhe agradecer pelos tempos que me serviu. Admito, porém, que minha casa é mais tranquila agora. (Eduardo sorri).
PEDRO – Pedro fica feliz pelo sinhô, e por pensar bem de eu.
Exclamam por Pedro.
PEDRO – Com sua licença sinhô Eduardo e sinhá Henriqueta, Pedro precisa ir. Major está chamando.
EDUARDO – Vá Pedro, seja feliz.
HENRIQUETA – Faça bom proveito de sua nova vida Pedro, Adeus.
FIM