Eoin colfer - artemis fowl - a colônia perdida
83732 palavras
335 páginas
EOIN COLFERArtemis
A COLÔNIA PERDIDA
Tradução de ALVES CALADO
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Obras do autor publicadas pela Record
Artemis Fowl: o menino prodígio do crime Artemis Fowl: uma aventura no Ártico Artemis Fowl. o código eterno Artemis Fowl: a vingança de Opala Arquivo Artemis Fowl Colin Cosmo e os supernaturalistas A lista dos desejos
Para jovens leitores
Pânico na biblioteca Pânico no navio
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Para Badger. O homem. A lenda.
CAPÍTULO 1: LANÇADO
AO PASSADO
Barcelona, Espanha
Feliz não
era uma palavra normalmente usada
para descrever o guarda-costas de Artemis Fowl. Alegre e contente também raras vezes eram aplicadas a ele ou a pessoas que estivessem nas suas proximidades. Butler não chegou a ser um dos homens mais perigosos do mundo batendo papo com alguém que estivesse passando por acaso, a não ser que o papo fosse sobre rotas de fuga e armas escondidas. Nesta tarde em particular, Butler e Artemis estavam na Espanha, e as feições eurasianas do guarda-costas pareciam ainda mais taciturnas do que de costume. O jovem patrão,
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como sempre, tornava seu trabalho mais complicado do que o necessário. Artemis havia insistido em que parassem na calçada do Passeig de Gràcia, em Barcelona, durante mais de uma hora ao sol da tarde, com apenas algumas árvores esguias oferecendo abrigo do calor ou de possíveis inimigos. Esta era a quarta viagem sem explicação, em quatro meses, a locais no exterior. Primeiro Edimburgo, depois o Vale da Morte no oeste americano, seguido por uma caminhada extremamente árdua ao duplamente isolado Uzbequistão. E agora Barcelona. Tudo para esperar um visitante misterioso, que ainda não havia aparecido. Era uma dupla estranha na rua movimentada. Um homem enorme e musculoso: quarenta e poucos anos, terno Hugo Boss, cabeça raspada. E um adolescente magro: pálido, cabelos pretos, olhos azuis grandes e penetrantes. — Por que você precisa ficar circulando assim, Butler? — perguntou Artemis irritado. Sabia a resposta, mas