Ebulicao social na inglaterra
Na Inglaterra, os anos de 1630 foram uma década de grande conturbação social. O golpe dado pelo rei Carlos I- a dissolução do parlamento- deu forças à instituição monárquica; por outro lado, fomentou uma grande insatisfação na sociedade. Nessa época, algumas medidas adotadas pela monarquia foram consideradas intragáveis - a constante criação de novos impostos, a construção de monopólio, a restauração dos rendimentos oriundos dos tributos feudais. Além disso, as questões relativas à politica externa- disputa entre a colonização real feudalista e a colonização como fonte de sólidos lucros- incitou ainda mais o povo, que não aguentando mais a situação na qual estava, se rebelou durante a crise econômica de 1640. Os revolucionários tinham apenas quatro espécies de exigências: a destruição da monarquia burocrática, a proibição de um exercito permanente controlado pelo rei, a abolição da cada vez maior carga tributaria e o controle parlamentar da igreja. No entanto, o rei Carlos I mostrou-se inflexível a esses pedidos, resultando numa guerra civil ¹. Os rebelados tinham como líder Oliver Cromwell que, lutando contra o despotismo real, propôs um exercito estruturado na promoção por mérito (tirando os nobres do monopólio das forças armadas). O exercito de Cromwell venceu as tropas reais em Naseby, 1645, levando ao trono o grande líder. Durante esse novo governo inúmeras mudanças foram promovidas: A condenação à morte de Carlos I, a proclamação da republica em 1649, a conquista da Irlanda e da Escócia, o ato de navegação - que tornou a Inglaterra a grande rainha dos mares-, o desenvolvimento de uma marinha poderosa, a abolição dos domínios feudais, a demolição de fortalezas e o desarmamento dos nobres cavaleiros, o confisco de terras da igreja e da coroa, entre outros. E tudo isso incomodou o já não tão mais revolucionário parlamento- dissolvido também por Cromwell- o qual promoveu uma cruzada contra o então líder, alcançando seus objetivos em 1657.