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É POLÍTICO (2009 - ), DE FORTALEZA-CEARÁ: ALÉM DO ESPETÁCULO,
A BUSCA POR POLÍTICAS
Gyl Giffony Araújo Moura1
Melissa Lima Caminha2
Resumo: Resumo: Dar a conhecer e interpretar o atual cenário do teatro cearense como um espaço de luta política para a construção de pensamentos e atividades públicas que garantam melhores condições de produção artística, inserção e ressonância social é o objetivo deste artigo. Realizamos ainda uma breve abordagem sobre a história do teatro cearense com ênfase em seu desenvolvimento nos últimos 15 anos, ao destacar o papel de grupos e coletivos teatrais, tanto para o desenvolvimento do teatro local como em sua conquistada participação (CARVALHO, 2009) na formulação de políticas culturais, através do Movimento Todo Teatro é Político.
Palavras-chave: Políticas culturais. Teatro de grupo. Movimento Todo Teatro é
Político. Ceará.
A partir da última década do século XX, ações como os Movimentos Arte Contra a Barbárie, 27 de Março e Trabalhadores da Cultura (SP); a Rede Brasileira de Teatro de Rua, com núcleos estaduais distribuídos por todo país; o Redemoinho – Encontro
Brasileiro de Espaços de Criação, Compartilhamento e Pesquisa Teatral, iniciativa do
Grupo Galpão (MG), já extinto, mas que deixou sementes regionais; Movimento Nova
Cena (MG); Movimento de Teatro de Grupo (PR); Conexão Nordeste de Teatro, Todo
Teatro é Político e Guerrilha do Ato Dramático Caririense (CE), entre outras, vem chamando atenção para a afinidade entre a cultura do teatro de grupo e as manifestações sócio-artísticas por políticas públicas de cultura no Brasil.
A referência ao teatro de grupo sugere agrupamentos de artistas, técnicos e pesquisadores que processam um modelo alternativo de produção teatral, pautado em trabalhos continuados, com gestão autônoma e sustentável, pesquisa de linguagem, investigação do exercício atorial e outros caminhos inversos a produções relacionadas