Esquema sobre Mulheres na criminalidade
1. INTRODUÇÃO
Atualmente no Brasil, cresce o numero de mulheres que se encontram em condição de presidiarias, evidenciando que a problemática da criminalidade vem rompendo as fronteiras do gênero.
Poucos são os estudos que tratam da criminalidade feminina em relação a criminalidade geral.
O estudo de mulheres violentas é mais difícil do que de homens violentos. A questão da criminalidade feminina ainda não é suficientemente explorada, e em números absolutos, quase insignificante em comparada a masculina.
2. DO BIOLOGISMO AO GÊNERO
A noção do gênero surge em 1970, isto implica em afirmar que a palavra sexo ficou vinculada a dimensão anátomo-fisiológica, enquanto o conceito de gênero passou a referir-se às características e papeis atribuídos a homens e mulheres numa dada sociedade e cultura.
As mulheres lutaram e conseguiram conquistar um espaço muito importante dentro da sociedade que as eximia da possibilidade de se inserirem visivelmente no mundo da criminalidade.
A inserção da mulher na sociedade se fortalece com a conquista da mulher por um espaço no mercado de trabalho, que começou com as guerras mundiais e não se estagnou com o fim delas.
Rachel Sohiet (apud OLIVEIRA, 2008) salienta, que no fim do século XIX, Lombroso e Ferrero buscavam provar a inferioridade feminina, apontando as deficiências da mulher, infantilizando-a. partiam das características das mulheres que consideravam normais e buscavam analisar as chamadas “desviantes”, que eram as prostitutas e as criminosas.
Lombroso e Ferrero enfatizam um biologismo, segundo o qual a mulher apresentaria menor tendência ao crime porque evoluira menos que os homens, sendo organicamente mais passiva e conservadora.
O código penal brasileiro, em vigência, encontra-se ainda marcado por alguns elementos desta perspectiva, apontando que pela sua constituição hormonal, a mulher possui uma natureza psicológica por