Psicologia forense
Consideramos julgadores os juízes, os jurados, os que acusam, os que defendem e até mesmo os que opinam. Os indivíduos julgam através de seus valores, conceitos, experiências, ou seja, de acordo com seus referenciais de certo e errado, modulados pelos fenômenos mentais, que dominam o sujeito. No processo de julgamento, o indivíduo a ser julgado é convocado para comparecer perante o juiz, em dia determinado, para ser examinado sobre o seu estado mental. O exame ocorre por meio de confrontos de linguagens e pensamentos entre o que é perguntado e o que se responde. Para isto, o julgador deverá ter conhecimentos mínimos sobre técnicas de entrevista, pois, desta que derivarão as interpretações. Os procedimentos de entrevista e o estabelecimento de uma sintonia emocional devem ser combinados. Sem saber conduzir uma entrevista, não se obtém uma sintonia emocional e, sem essa sintonia, os procedimento não bastam para a obtenção de informações. A sintonia emocional com o entrevistado pode ser descrita como a interação entre o entrevistador e o entrevistado, para o primeiro entender a natureza das principais emoções que dominam o segundo. Ela também contribui para que a atenção permaneça concentrada sobre o caso. Quando há sintonia emocional o entrevistador percebe e interpreta os sinais de tensão e emoção do individuo, podendo afetar a análise deste; identifica corretamente as informações para entender o caso; compreende a idade de desenvolvimento mental do entrevistado e torna a comunicação mais simples e correta. Quem conduz a entrevista, deve estar atento a fatores que contribuem para o desvio da atenção, como: o cansaço físico; mecanismos psicológicos de defesa (alguns casos podem gerar um sofrimento psíquico, quando o julgador sentir seus valores pessoais agredidos); pensamentos automáticos (algumas coisas nos remetem a outras, ou seja, um simples sinal pode nos desviar do