Esporte Na Escola E Esporte Da Escola
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
2ª SÉRIE
UNIDADE IV – OS CONTEÚDOS DA CULTURA CORPORAL ENQUANTO PONTO DE PARTIDA DA EXPRESSÃO CORPORAL EM EDUCAÇÃO
ESPORTE NA ESCOLA E ESPORTE DA ESCOLA
As práticas culturais do esporte vêm sendo escolarizadas ao longo do século XX como um dos temas de ensino da Educação Física. A escola, como instituição social, pode produzir uma cultura escolar de esporte que, ao invés de reproduzir as práticas hegemônicas na sociedade (VALTER BRACHT, 1992), estabeleça com elas uma relação de tensão permanente, num movimento propositivo de intervenção na história cultural da sociedade. A escola possui seus próprios “códigos e funções” e, com isso, adquire uma certa autonomia como instituição social. Dessa maneira, a Educação Física, quando trata dos esportes, assume e incorpora esses códigos e funções e goza de determinada autonomia. Logo, se o esporte está no ambiente escolar, a escola se relaciona com ele de determinada maneira e com determinados critérios. Porém, a escola cumpre determinados papéis e se relaciona com outros sistemas mais poderosos fora dela, que influenciam suas ações, configurando-se como espaço para transmissão do saber socialmente acumulado. Nessa perspectiva, a escola perde sua autonomia e se apresenta como um sistema sem poder, posicionada na hierarquia social como reprodutora de ações determinadas por outros sistemas. Um outro olhar para a escola é de que ela é considerada historicamente um local de produção de cultura e de transmissão de conhecimento para atender normas universais (Nóvoa, 1994). Contudo, essa transmissão de saberes perpassa pela ideia de que a escola é um lugar de conservadorismo, inércia e rotina (Chervel, 1990). Precisamos alterar essa visão da escola e passar a considerá-la como um meio propositivo para intervenção cultural na sociedade. A partir da 2ª guerra mundial, o esporte sofreu um desenvolvimento quantitativo como elemento da cultura de movimento, sinônimo do