espionagem na guerra fria
Alguns historiadores acreditam que, se as potências da época contassem com uma rede eficiente de informações, a Primeira Guerra poderia ter sido evitada. Ninguém esperava pelos desdobramentos dos conflitos nos Bálcãs, que culminaram numa guerra global até certo ponto involuntária.
Já na Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, o dirigente soviético Josef Stalin teria menosprezado uma importante informação de um de seus espiões, que fornecia exatamente o dia e a hora em que Adolf Hitler iniciaria a invasão da União Soviética. Stalin já havia condenado à morte seus mais respeitados estrategistas, entre 1938 e 1939. Assim, a ofensiva nazista, em junho de 41, apanhou os soviéticos de surpresa e sem seus melhores quadros militares.
Da mesma forma, o presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, não teria dado crédito às informações sobre um provável ataque do exército japonês à base americana de Pearl Harbor, no Havaí, em dezembro de 41.
Século XX: nova força à espionagem Esses episódios, que poderiam ter sido evitados através de um sistema de informações, foram decisivos para os investimentos em serviços de espionagem. A formação de dois grandes blocos econômicos depois da Segunda Guerra, liderados por Estados Unidos e União Soviética, também foi um fator importante para o desenvolvimento da chamada comunidade de informações. Pela primeira vez na história, o planeta havia se tornado uma arena gigante, onde duas superpotências