Espetáculo da Notícia
Desde o século XIX o jornalismo já trabalhava com a espetacularização da reportagem, quando a notícia passa a ser tratada como entretenimento. E isso se tornou padrão pela imprensa de massa. Segundo Guy Debord (1997, p.13) “toda a vida das sociedades nas quais reinam as modernas condições de produção se apresenta como uma imensa acumulação de espetáculos”.
Debord fala sobre as imagens que passam a se destacar sobre cada aspecto de vida, que acontecem em um fluxo de vida. “Sob todas as suas formas particulares – informação ou propaganda publicidade ou consumo direto de divertimento –, o espetáculo constitui o modelo atual da vida dominante na sociedade”. (DEBORD, 1997, p.14). Quando nos deparamos com uma imagem violeta que aparenta ser real, não resta muito para imaginar que a comoção é meramente de passagem entre uma informação e outra, ainda mais pela condição fragmentada e descontínua da forma como as mensagens se estruturam em diversas notícias.A relação entre os meios de comunicação com a alguns crimes, estão relacionados diretamente com o mundo real e o virtual das imagens.
“O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada por imagens”. (DEBORD, 1997, p.14). Ainda segundo o mesmo autor, o consumo e a imagem tomam conta do ser humano, tirando de cena o diálogo pessoal, através da televisão e os outras mídias de massa. O espetáculo não pode ser entendido como o abuso de um mundo da visão, o produto das técnicas de difusão maciça das imagens. O jornalismo nem sempre é parcial, pois a notícia é retratada pelos “olhos” do jornalista, e não como de fato aconteceu. Segundo Schifino (2009, p.14), muitas vezes o jornalista passa a contar a história não sobre o fato mais importante como ocorreu em determinada ocasião, mas passa a contar aquilo que o editor quer, e assim as notícias acabam sendo “meias verdades”. Ainda segundo o mesmo autor, a televisão tem a chance de colocar o público diante