Especies ativas de oxigenio
As principais fontes das EAO, nos seres vivos aeróbicos, são: as mitocôndrias (cadeia de transportes de elétrons), os sistemas de enzimas oxidantes (xantina oxidase, ciclo-oxigenase, lipoxigenase, monoaminoxidase, galactose oxidase), células fagocíticas (neutrófilos, monócitos, macrófagos) e reações auto-oxidantes, entre outras. Algumas fontes exógenas são capazes de estimular a geração de EAO: substâncias oxi-redutoras (paranquat, doxorrubicina), as drogas oxidantes (paracetamol, tetracloreto de carbono), o fumo a radiação ionizante e a luz solar (FERREIRA, 2000).
Essas espécies são produzidas em pequenas quantidades, tendo todos os seus danos reparados de forma constante. São fundamentais para um equilíbrio entre as formas oxidadas e reduzidas de moléculas como o NADH, o qual é mantido por enzimas à custa de uma energia metabólica. Perturbações nesse equilíbrio redox provocam um stress oxidativo, que produz peróxidos e radicais livres que podem danificam todos os componentes da célula, proteínas, lipídios e até o DNA.
Uma célula é normalmente capaz de superar os efeitos nefastos do stress oxidativo se as perturbações no equilíbrio redox forem pequenas. Porém, em condições extremas desse stress, os danos causam esgotamento dos níveis de ATP, o que evita uma apoptose celular controlada, e provoca falha total do funcionamento da célula, causando necrose. são três as principais EAO decorrentes do metabolismo aeróbico: o radical superóxido (O2), o peróxido de hidrogênio (H2O2) e o radical hidroxil (OH) . O radical O2 pode atacar a célula, diretamente por sua ação pró-inflamatória ou, indiretamente, através da geração de outros radicais (H2O2 e OH). A reação catalisada por íons Fé +2 que leva à formação do