Espaços e sociabilidades
Os espaços públicos urbanos foram sofrendo as mais variadas transfigurações, seja nas atividades utilitárias, quer na sua perspectiva formal. Com o decorrer do tempo, a cidade vai acompanhando a evolução natural, pelo que foi suportando mutações e aclimatações. Devido a isto mesmo vão sendo conferidas novas conceções, diferentes valores ao termo cidade. E, são nessas esferas de recentes estimas que se inserem os espaços públicos acuais.
Por temos como perceção de cidade um certo aglomerado de características, ou seja: um definido populacional constituído por sujeitos socialmente diversos; uma circunscrição permanente; uma respeitável amplitude espacial; um determinado padrão de divisão espacial e de disposição da propriedade; o reconhecimento de um modo de vida dos cidadãos em questão; uma densidade populacional considerável; um ponto de comércio, entre outras particularidades, como o fato de ser constituída por ruas e praças.
As ruas tiveram, noutros tempos, uma simbologia distinta da que adquire na sociedade atual em que nos inserimos. Outrora as ditas ruas possuíam uma outra “magia”. Atualmente tornaram-se um local repleto de violência, sombrio e, também, um asilo da percentagem da população que se possa considerar ostracizada pela sociedade em causa.
Na conjuntura atual conseguimos epilogar que a rua visa classificar, igualmente, o surgimento dos antagonismos nas conexões existentes entre caminhantes e lojistas, isto, através do estudo do metamorfismo ou, unicamente, analisando o entrosamento da aproveitação das esquinas, calçadas, entre outras porções integrantes da rua na sua soma e, assegurando-se assim da inexistência de uma estrutura espacial competente de conceber