Espaço Turistico
Sendo o turismo essencialmente um fenômeno de caráter sócio-espacial, cremos que qualquer reflexão sobre o fenômeno turístico em toda sua complexidade deve estudar suas expressões no espaço, sendo este entendido como
“um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, entre sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá”
(SANTOS, 1994, p. 111).
Os sistemas de objetos e os sistemas de ações interagem. “De um lado, os
sistemas de objetos condicionam a forma como se dão as ações e, de outro lado, o sistema de ações leva à criação de objetos novos ou se realiza sobre objetos preexistentes” (SANTOS, 1994, p.111). É o espaço que define o movimento dialético entre forma (objetos) e conteúdo (ações), “(...) apreendido na e através da realidade geográfica” (SANTOS, 1996, p.02).
Tanto os objetos, quanto as ações não podem ser analisados, se não em conjunto, pois é também formado de fixos e fluxos.
Os elementos fixos, fixados em cada lugar, permitem ações que modificam o próprio lugar, fluxos novos ou renovados que recriam as condições
ambientais e as condições sociais, e redefinem cada lugar. Os fluxos resultam direta ou indiretamente das ações e atravessam ou se instalam nos fixos, modificando a sua significação e o seu valor, ao mesmo tempo em que, também, se modificam (SANTOS, 1982, p. 53; SANTOS, 1988, p. 75-85).
Os fixos podem ser pensados como os centros emissores da demanda turística, de onde partem os fluxos turísticos, além de existirem fixos no centro receptivo que atraem fluxos turísticos a partir dos centros emissores.
Neste caso os fixos são pensados como atrativos turísticos, considerados como singularidades existentes no espaço que atrai os fluxos até lá. Os fluxos seriam os turistas dispostos a consumir o espaço onde o turismo se insere, pois são nos núcleos receptores do turismo, que se dá de