Espaço Social nos Maias
“Os Maias” é uma obra complexa, estruturada e pensada de forma a não ser apenas uma intriga romântica mas uma genial crítica à sociedade do século XIX e à corrente do romantismo. Os espaços físico, social e psicológico foram pensados de modo a irem de encontro à visão do autor e a conferirem complexidade e integridade à obra.
O espaço físico diz respeito aos locais e ao meio envolvente. Os espaços físicos complementam a ação e podem ter um significado ou uma simbologia no contexto da obra. Eça de Queiroz dá muita importância ao espaço físico, fazendo descrições promenorizadas dos lugares onde decorre a ação e como se relacionam com a mesma.
O espaço social consiste na posição social que as personagens ocupam e surge, na obra, como uma forma de crítica à sociedade. O espaço social nos Maias representa o paradigma socio-religioso português. (que é o padrão imposto pela sociedade como modelo de vida para todas as pessoas)
O espaço psicológico corresponde ao interior das personagens, os seus sentimentos, emoções e pensamentos.
ESPAÇO SOCIAL O jantar no hotel central é um jantar que Ega organiza em homenagem a Cohen, marido de Raquel, sua amante, de forma a aresentar Carlos à faília Cohen. É tambem neste hotel e antes do jantar que Carlos vê pela primeira vez Maria Eduarda.
Nas classes elevadas existe uma grande descerpância entre aparencia e realidade pois mesmo tentando parecer digna e requintada não deixa de ser uma sociedade grosseira e inculta.
Nesta discussão entram também, Carlos e Craft, recusando simultaneamente o ultra-romantismo de Alencar e o exagero de Ega. Craft defende a arte como idealização do que de melhor há na natureza, defende a arte pela arte. O narrador concorda com ambos.
Este assunto espelha a crise financeira que o país passava nesta época (século XII). Eça descreve-o de forma irónica através de Cohen, o representante das Finanças ao afirmar que os “empréstimos em Portugal constituíam uma das fontes de receita, tão