Espaço geográfico e dinâmica socioeconômica
Alexandre Rodrigo Choupina Andrade Silva Universidade Federal de Goiás - UFG choupina@pop.com.br Josie Melissa Acelo Agricola Universidade Estadual de Goiás - UEG josiemelissa@hotmail.com José Paulo Pietrafesa Universidade Federal de Goiás – UFG UniEvangélica pietrafesa@unievangelica.edu.br Resumo: A relação entre a apropriação e a utilização dos recursos naturais – particularmente da terra – com o desenvolvimento das nações tem sido reconsiderada recentemente, no contexto de reflexões que vêm buscando superar as reconhecidas limitações e simplificações das teorias e análises, principalmente dos economistas. Embora tais reflexões tenham em conta também a situação dos países desenvolvidos, elas parecem ser mais importantes quando se referem aos países em desenvolvimento, pois é nestes que a terra é ainda o mais importante meio de produção. No caso do Brasil, o modelo agroexportador, implantado desde o período colonial, define-se como um processo que ao mesmo tempo em que possibilita o crescimento econômico, inviabiliza o desenvolvimento sustentável, pois se finda em concentração de terra, exclusão social e degradação ambiental. Esse artigo apresenta dados e reflexões sobre apropriação indevida das terras no Brasil desde o seu descobrimento. Também realiza uma análise crítica das políticas desenvolvimentistas adotados no período pós-ditadura em 1964 e suas conseqüências para o meio ambiente e para os biomas nacionais. No interior da questão agrária, o conflito é resultado do enfrentamento entre o território do campesinato e do latifúndio e agronegócio. Esse trabalho retrata os interesses antagônicos entre estes elos (campesinato, latifúndio e agronegócio) e os efeitos nefastos no meio ambiente. Anos de colonização na qual o poder era contado através da quantidade de terras. Anos de agricultura que utilizou, sem qualquer pudor, mão de obra escrava a fim de garantir lucros