Esparta X Atenas
Havia uma forte divisão social em Esparta, dando origem a classes distintas:
Esparciatas ou espartanos – descendentes dos conquistadores dórios, eram homens com mais de 30 anos que formavam uma elite militar que concentrava em suas mãos o poder econômico, político e religioso. Somente os esparciatas poderiam, por exemplo, possuir escravos e ocupar cargos públicos. Dedicavam sua vida à política e ao treinamento para o exercício da guerra.
· Periecos – homens livrem que residiam na região periférica de Esparta e se dedicavam às atividades que não eram tão valorizadas pelos espartanos como o artesanato e o comércio.
· Hilotas – povos que habitavam a região da Lacônia e foram conquistados pelos espartanos, tornando-se servos da cidade-estado. Eram considerados propriedade da pólis e tinham o seu trabalho explorado, sendo obrigados a trabalhar para a pólis ou para os cidadãos espartanos. Deve-se destacar que os hilotas fornecerão a mão-de-obra necessária para a subsistência da pólis de Esparta.
Esparta tinha uma oligarquia, com a seguinte estrutura política:
· Dois reis pertencentes a diferentes famílias.
· Gerúsia, que era um conselho de anciãos que representavam as famílias mais ricas da pólis, composta com 28 cidadãos maiores de 60 anos, além dos dois reis acima mencionados. A Gerúsia era responsável principalmente dos assuntos da política externa, o que é de fundamental importância para uma “cidade guerreira” como no caso de Esparta.
· Apela. Assembleia formada por cidadãos com mais de 30 anos.
· Éferos. A cada ano a Apela escolhia cinco cidadãos (os éferos) que tinham a função de preservar as tradições da pólis e fazer valer as leis instituídas ao longo do tempo.
Como os espartanos eram em menor número se comparados com os hilotas, a manutenção do poder dos espartanos ocorria por meio de um intenso processo de militarização,