Espanhol
As denominações espanhol e castelhano surgiram em épocas diferentes. O termo castelhano é mais antigo. Ele remonta ao reino de Castela, na Idade Média, quando a Espanha ainda não existia. Quando o país começou a se consolidar, no século XIII, o reino de Castela se impôs aos outros territórios da região que hoje formam a Espanha. Por causa dessa liderança, o castelhano, um dialeto com forte influência do latim, acabou sendo adotado como língua oficial do novo país em 1492, com a unificação dos reinos que correspondem à Espanha atual. O termo espanhol procede do latim medieval Hispaniolus, denominação latina da Península Ibérica Hispania.
A denominação do idioma como espanhol, em detrimento da forma castelhano, costuma gerar uma situação conflituosa. Sabe-se que na Espanha existem outros idiomas, tais como: galego, basco e catalão. Assim, se você disser que fala espanhol, pode-se subentender que você também fala esses outros idiomas. De acordo com a Constituição espanhola de 1978, o castelhano é considerado língua oficial em toda a Espanha, mas nas regiões onde há um idioma próprio, este possui valor co-oficial. Assim, torna-se possível compreender porque em lugares como na Catalunha ou no País Basco, por exemplo, o idioma co-oficial é falado no dia-a-dia.
A razão pela qual alguns países optam por chamar o idioma de castelhano e outros de espanhol pode ser política: você dificilmente vai ouvir um argentino dizendo que fala espanhol, já que o nome remete ao período colonial. Por esse motivo, o termo castelhano é mais usado na América do Sul. Já a forma espanhol é comum no Caribe, no México e nas áreas de fronteira com outra grande língua, o inglês. Na Espanha, o uso dos termos depende da região: no norte, as