Espanhol
Vitor Germano Oliveira
A Escrita Sob a Ótica das Teorias
Discursivo-enunciativas -Resumo Janaina Cardoso Brum Veremos os processos envolvidos quando um sujeito escreve. O autor somente veicula sentidos que partem de outros lugares, do interdiscurso1.Assim, quando um sujeito escreve, está realizando interpretação. Dessa maneira, podemos considerar que todo texto é aberto.O processo de interpretação é regido, pelo interdiscurso (memória do dizer) - exterioridade necessária - em um movimento de estabilização- desestabilização dos sentidos. Autor é aquele que transforma as significações já existentes em algo novo, atendendo ao que comumente se tem chamado de originalidade. Nessa perspectiva, autores seriam apenas aqueles capazes de fundar novas ordens discursivas (Foucault, 1998). Para Coracini (2007), escrever/falar é sempre falar de si; é sempre construir-se como sujeito, em relação à exterioridade. Assim como a pretensão de objetividade se inscreve na materialidade linguística, através do uso da terceira pessoa (ele), do modo verbal subjuntivo, de itens lexicais que não expressem juízos de valor, inscreve-se também a subjetividade do autor, mesmo que ele insista em não se mostrarem sua escrita, o que pode acontecer pelo emprego de adjetivos, de encapsulamentos1, designações, etc. Quando um sujeito escreve, ele traz à tona suas filiações, suas opiniões. Por meio da escrita, o sujeito se constrói; por meio da linguagem, o sujeito se diz. Por isso dizemos que não existe neutrali- dade, que não existe objetividade, mas uma neutralidade e uma objetivi- dade ilusórias criadas pelo texto. Os fatos que conhecemos passam por vários "filtros": dos cientistas, dos jornalistas, dos escritores dos quais gostamos, dos programas a que assistimos na televisão, mesmo que discordemos do que nos é dito e/ou imposto. Quando escrevemos um texto, somos instados a dar a ele um aspecto de unidade (estrutura com