Esmalte Dentário
Sabe-se até o presente momento que, durante o estágio de secreção, os ameloblastos sintetizam e secretam proteínas da matriz do esmalte, tais como amelogenina, ameloblastina e enamelina; e da enzima enamelisina, também chamada MMP-206,9. A deficiência de uma dessas proteínas e/ou enzimas pode levar à má formação dentária, tal como uma hipoplasia do esmalte (amelogênese imperfeita) de diversas magnitudes de severidade. Porém, o mecanismo de como cada uma dessas proteínas exerce a sua função e influencia o processo de mineralização do esmalte dentário ainda permanece obscuro.
Recentemente, foram identificadas duas novas proteínas, chamadas amelotina3,7 e apina5,6 (em Inglês, amelotin e apin), que também são sintetizadas pelos ameloblastos. Diferentemente das outras proteínas, a amelotina e a apina são produzidas durante a amelogênese no estágio de maturação; fase importante para o desenvolvimento final da dureza do esmalte. Essas duas novas substâncias são codificadas por dois diferentes genes que, de acordo com a sua localização genômica e estrutural, fazem parte de um mesmo grupo de proteínas que secreta e estabiliza íons de Ca e PO4 no corpo e/ou guia a deposição de CaPO4 em matrizes extracelulares receptoras. A similaridade dessas proteínas, encontradas tanto em seres humanos como em suínos, ratos e camundongos, sugere que são proteínas que se perpetuam nas espécies mamíferas6.
Estudos com imunolocalizadores3,7 demonstraram que a amelotina está presente tanto na lâmina basal, na interface com a superfície do esmalte, como no epitélio juncional. Uma vez que o epitélio juncional é uma estrutura que está