Escultura grega
A escultura grega foi produto de um gradual aperfeiçoamento técnico e estético;
Os gregos praticavam essencialmente duas modalidades escultóricas.
O relevo arquitectónico, com temática religiosa, mítica e funções decorativas;
A estatuária independente, que cumpriu funções religiosas (representação dos deuses e personagens míticas), honoríficas (caso da estatuária destinada a homenagear atletas, heróis, políticos, sábios e militares) e funerárias.
Características:
As esculturas reflectem as concepções humanistas e racionais do génio grego;
O Humanismo revela-se na importância dada à figura humana;
O Racionalismo reconhece-se no realismo das formas que em tudo copiam a Natureza, exigindo um progressivo rigor técnico, norteado por correctas noções de anatomia e por regras geométricas, como as da proporção e simetria;
A procura do realismo técnico não se fez com base na cópia exacta dos exemplos fornecidos pela Natureza, mas partiu de uma selecção que permitisse representar as formas mais perfeitas, os modelos ideais – a procura da beleza ideal;
Embora se respeitassem os traços fisionómicos do retratado procurava-se sempre retocar-lhe as imperfeições e dar ao rosto uma expressão serena e contemplativa (escultura idealista);
Alguns escultores procuraram obter modelos de beleza pelo estabelecimento de proporções métricas ideais entre as diferentes partes do corpo humano;
Estas regras denominaram-se de Cânone – conjunto de proporções que definem uma configuração ideal do corpo humano. Policleto foi o criador de um dos cânones anatómicos mais usado no século V a. C., a altura total do corpo é sete vezes a da cabeça.
Deste modo, ao realismo técnico juntou-se o idealismo racional das formas, características patentes nas principais obras, ex. o Discóbolo. Nesta peça, o escultor soube aliar o naturalismo e o dinamismo das formas anatómicas ao idealismo do rosto do atleta que, em pleno esforço de torção física e de concentração, se