Esculturas gregas
Porém, enquanto os egípcios pretendiam fazer uma representação realista da figura humana, o escultor grego confiava que a estátua que buscasse demonstrar um homem não deveria ser apenas semelhante ao mesmo, mas, em conjunto, um objeto belo de si mesmo.
No período arcaico, o escultor grego, assim como o egípcio, admirava e apreciava a simetria natural do corpo humano. Na intenção de deixar evidente essa simetria para o observador, o artista esculpia figuras masculinas nuas e eretas, numa rigorosa posição frontal e distribuindo igualmente o peso do corpo sobre as duas pernas. O nome da estátua que leva essas características é “Kouros” [palavra grega que significa homem jovem].
Os artistas gregos não se mantinham reféns das convenções rígidas do período, pois suas estátuas não exerciam uma função de cunho religioso, como acontecia no Egito.
Em consequência disso, a evolução da escultura grega foi propagada de maneira livre. A não satisfação com a postura rígida e forçada de “Kouros”, pelos escultores, foi uma das medidas propícias dessa evolução.
As mudanças começaram a surgir de fato com a construção da estátua conhecida como “Efebo de Crítios”. Essa obra, por exemplo, é capaz de mostrar as alterações no seguinte aspecto:
O modelo tem a cabeça ligeiramente voltada para o lado, em vez de olhar bem para a frente;
O corpo passa a descansar sobre uma das pernas, em vez de apoiar-se igualmente sobre elas. Isso faz com que assuma uma posição afastada em relação ao eixo de simetria e que mantenha o quadril desse lado, um pouco mais elevado.
A superação da rigidez das estátuas foi umas das alternativas mais procuradas pelo escultor grego. O mármore torna-se um