Escravidão
| Condições da escravidão africana |
Introdução
A sociedade brasileira formou-se e modificou-se sempre em função das necessidades e interesses econômicos do capitalismo. No século XVI, mais do que nunca, as potências européias precisavam acumular capitais: a solução para se chegar a um custo baixo de produção foi a utilização do trabalho escravo. No caso de Portugal essa situação era agravada pelo fato de o país não possuir excedente populacional que pudesse suprir a Colônia. Além disso, os baixos salários não estimulavam a vinda de colonos para o Brasil.
Assim, os portugueses, que já exploravam o mercado africano de escravos, precisaram apenas ampliar o negócio, organizando a transferência dessa mão de obra para o Brasil. Ao contrário dos indígenas, os negros africanos já estavam habituados ao trabalho agrícola, ao pastoreio e à utilização de metais.
A escravidão negra no Brasil foi iniciada, segundo alguns autores, em 1532 e estendeu-se até 1888. Foram mais de três séculos de diáspora negro-africana em que homens e mulheres eram obrigados a fazerem parte do processo de formação socioeconômico e cultural brasileiro.
Tráfico Negreiro
Com a expansão marítima europeia, no século XV, e a conquista do Novo Mundo, os europeus necessitaram de mão de obra para os seus empreendimentos nas novas terras conquistadas (América). Primeiramente, escravizaram os indígenas, os nativos da América, porém essa escravidão foi proibida pela Igreja Católica.
Dessa forma, os portugueses, proibidos de escravizar os povos indígenas, tiveram que retornar ao continente africano e negociar a compra de escravos. A escravização de pessoas era uma prática antiga na África, no entanto, com os europeus empreendendo a compra de escravos naquele continente, o número de escravos aumentou.
Assim, no século XV, o tráfico negreiro, ou tráfico de escravos, assumiu