Escolhas morais
Cada grupo social, pautado por determinados valores que julga essenciais, constrói seu código moral através dos tempos. De acordo com esse sistema axiológico, cada indivíduo, desde suas primeiras vivências, na infância, assimila (através da educação) as noções de bem e mal, certo e errado, e, com base nessas noções, passa a julgar o próprio comportamento e as atitudes daqueles que o cercam.
Observado isso, a moral deve ser compreendida não apenas na sua dimensão social, coletiva, mas também em seu aspecto particular, individual. Cada pessoa exercita constantemente sua capacidade de julgamento valorativo, em especial quando já se pode considerar adulta, autônoma, independente.
Sendo assim, a moral está sujeita a transformações na relação dialética entre o indivíduo e a sociedade. Quando falamos em relação dialética, referimo-nos ao fato de que existe uma mútua influência: a moral social existe antes do indivíduo e o influencia; por outro lado o indivíduo, a partir de sua liberdade de escolha, pode questionar e negar normas da moral coletiva, transformando-a. Portanto, as condutas dos indivíduos em relação à moral socialmente estabelecida podem variar entre a aceitação que reafirma e consolida tais valores, e a negação desse código, que pode contribuir para a tranformação dessa moralidade. Existem, pois, escolhas morais, para as quais concorrem fatores objetivos, como as tradições, os costumes, a educação e a cultura em geral, bem como fatores subjetivos, ligados à liberdade e à responsabilidade de cada um. Os indivíduos, como seres singulares, são influenciados pela universalidade expressa nos costumes e normas morais da sociedade em que nascem. Quando, porém, não assimilam passivamente esses princípios, podem contestá-los ou interferir na sua formulação, contribuindo para a transformação desses valores.
A escolha individual pode se manifestar de diversas maneiras:
▪ Ação moralmente correta: