Escolhas morais
Na escola moral estão em jogo tanto fatores objetivos como subjetivos. Os fatores objetivos estão relacionados aos costumes e as normas já estabelecidos, bem como a educação e a cultura em geral. Já os fatores subjetivos estão ligados a liberdade e a responsabilidade pessoal.
Uma primeira possibilidade de escolha é a da ação moralmente boa ou correta, que ocorre quando o indivíduo adere conscientemente a uma norma moral e cumpre-a, reconhecendo-a como legítima. É o caso , por exemplo, de uma pessoa que trata de maneira respeitosa a todas as pessoas, porque entende, como a sociedade em geral, que todas as pessoas merecem respeito.
Complementar essa opção é a da ação moralmente má ou incorreta, ou seja a ação que contraria uma determinada norma moral, sem, no entanto, contesta-la como norma universal. É como se o indivíduo abrisse uma exceção para agir contra a norma. É o caso, por exemplo, da pessoa que foi indelicada com outra por algum motivo banal, embora reconheça que a atitude correta é a de ter respeito por todos.
Outra possibilidade ocorre quando o indivíduo recusa conscientemente uma norma moral por entendê-la inadequada ou ilegítima. Essa situação caracteriza-se como um conflito ético, que aponta para uma ruptura com a moral vigente. É o caso, por exemplo, das mulheres que usaram saias como um comprimento bem menor do que o considerado adequado pela sociedade de seu tempo, confrontando a moral vigente sobre o grau “permitido” De exposição pública do corpo.
Diferente do conflito ético é a situação de niilismo ético , que se caracteriza pela negação radical de todo e qualquer valor moral. O permissivismo moral, por sua vez, seria uma versão deteriorada e individualista do niilismo ético, na qual, por trás da negação dos valores vigentes, se escondem interesses