ESCOLAS
1° Xangai
A mais rica província chinesa não ilustra o ensino em todo o país, mas surpreende ao alcançar o primeiro lugar em todas as áreas avaliadas pelo Pisa (Matemática, Ciências e Leitura). Entre os mais de 1,3 milhão de alunos divididos em uma rede de mais de 1.500 escolas de ensino básico, o esforço contínuo é estimulado pela escola e, mais ainda, pela família. Ter aulas aos domingos, em salas pequenas e lotadas, é normal. O sistema, aliás, é bastante tradicional: professores repassando conteúdo, vários exercícios ao final da aula. A rotina vale tanto para os mais velhos, que se aproximam da realização do gao kao, o exame nacional de admissão universitário, quanto para crianças, que começam a se adaptar à exigente rotina desde muito jovens.
De acordo com a Shanghai Education Association for International Exchange (SEAIE), organização que promove intercâmbios educacionais em Xangai, a província foi a primeira a implementar o sistema de nove anos de ensino compulsório. Além das disciplinas tradicionais e do inglês, a segunda língua, a educação básica prevê várias atividades extracurriculares, que tratam de esportes, artes e proteção ao meio ambiente. Segundo a entidade, as alternativas buscam “enriquecer a vida escolar dos alunos”.
Para Cristovam, a exemplo de Xangai - e dos demais países que integram essa lista -, o ensino público deve ser prioridade. “A escola particular deve ser uma alternativa para a família que busca algo a mais, como o ensino de uma língua estrangeira ou uma formação religiosa, mas não uma fuga da escola pública, como acontece no Brasil, onde as particulares são alternativa à má qualidade do ensino público”, afirma. “Isso é um erro gravíssimo, porque poucos podem pagar uma escola particular”, acrescenta.
Responsabilidade das províncias, a educação chinesa varia muito de um lugar para o outro. No caso de Xangai, o bom desempenho dos alunos contraria os rumos do ensino em países