escola

1986 palavras 8 páginas
Surrealismo
O surrealismo português caracteriza-se essencialmente pela sua efemeridade e instabilidade, cuja primeira consequência é a sucessão de dissidências, debates e escândalos. O surrealismo da «segunda vanguarda» estava votado, tal como o grupo de Orpheu, a inquietações, ao desvio às maneiras recomendadas pela crítica e ao gesto irreverente da escrita. O primeiro surrealismo teve uma curta carreira como grupo, entre 1947 e 1950, embora tenha despertado um movimento que mobilizou toda a poesia contemporânea. Para além da sua brevidade, o surrealismo português foi sujeito de um circunstancialismo histórico, uma vez que se opunha à atmosfera opressiva do Estado fascista que vigorava na época, sendo que a consequência benéfica na poesia foi a introdução da «escrita automática», que demonstrou ser o motor que impulsionou a linguagem. Este movimento, que aliava poetas, críticos, pintores e desenhistas, dedicou-se sobretudo a edições colectivas e a antologias que procuraram recuperar o passado literário dos seus antepassados.
O surrealismo em Portugal foi, de algum modo, influenciado pelo surrealismo francês, representado principalmente pela escola de André Breton. A comparação com o surrealismo francês proporciona uma amálgama com um certo movimento de abjecção humana, valorizada pela psicanálise e pelo existencialismo. A esta amálgama deu-se o nome de abjeccionismo. Alguns consideram que o surrealismo português é pobre, quando comparado com os modelos franceses e até com certos percursores portugueses, tais como, Fernando Pessoa, Almada Negreiros e Vitorino Nemésio.
O surrealismo libertou a imaginação para uma busca sem fronteiras e conseguiu o equilíbrio entre o que as palavras geram e a disponibilidade para a leitura. Esta corrente configura-se assim como uma corrente oposta ao neo-realismo, tendo-se traduzido principalmente num fenómeno editorial característico, caracterizado pelo aparecimento de pequenas brochuras, ou melhor, revistas de poesia e crítica

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