Escola
Princípio 5 – A especificidade da transmissão escolar é que ela se faz de maneira obrigatória, progressiva e exaustiva.
Muitas coisas são transmitidas de geração em geração naturalmente, de maneira mais ou menos formalizada: hábitos, habilidades, saberes através da impregnação, inculcação, imitação... As crianças poderiam então, dispensar a escola e apreender por cooperação. E para quem quer ir além temos bibliotecas, museus, mídias internet.
Por que então a escola quer ocupar um lugar privilegiado então no processo de transmissão?
Pois é preciso fazer a pergunta certa na busca individual por conhecimento. É preciso querer fazer perguntas.
Mesmo que toda pessoas tenham uma “adubagem educativa inicial idêntica” (p.37) desenvolvendo assim o desejo de querer saber, isso não garantiria que elas chegassem ao desejo de aprender. Querer saber e querer aprender não são o mesmo desejo.
Querer saber: Na maioria das vezes queremos saber, às vezes em relação a isso a aprendizagem acaba sendo um obstáculo (exemplos). Hoje não é preciso aprender para saber, o progresso nos possibilita o “saber sem aprender” (exemplos).
“...o adulto sabe muito bem que não poderá evitar completamente certas aprendizagens..., mas tem a esperança de reduzi-las ao mínimo. Porque está convencido legitimamente de que elas o farão gastar energia, perder tempo, desperdiçar material.” (p.37)
Recorremos, muitas vezes, a quem entende do assunto no qual estamos precisando (ex: consertar um rádio, aluno que copia exercícios do colega...). “É mais econômico apelar a alguém já competente do que a própria pessoa adquirir a competência.” Porém o adulto já está em atividade em outro ramo, não precisando assim, aprender eletrônica. Mas o aluno de sétima série SUPOSTAMENTE precisa aprender o teorema de Pitágoras.
Aqui se constitui a primeira característica da escola: A