escola e mutaçoes
No final dos anos sessenta a existência de uma “crise mundial da educação” trás sentimentos de frustração em relação às promessas da escola. Alimentado o debate sobre a “crise” da escola sem que esse tenha se convertido em uma compreensão de paradoxos, que na metade do século XX, marcaram a expansão da escolarização.
Por um lado vemos que Canário nos mostra o inegável triunfo da escolarização, no final do milênio, é contado como uma história de progresso e de vitórias com a visão pessimista da “crise”, instalada desde os anos 70.
O que foi submetida à educação escolar, por via de uma crítica permanente e sistemática, foi contemporânea da hegemonia do modelo escolar que tendeu a contaminar todas as modalidades educativas, podendo-se afirmar que a educação permanece refém do escolar.
O autor deixa clara a negatividade em relação ao saber vindo de fora da escola, ou seja, o professor desconhece o conhecimento do aluno além daquilo que é ensinado na escola. Além disso ele da exemplos de como o ensino deixa a desejar a capacidade de novos meios de aprendizagem.
A crescente escolarização de nossas sociedades foi se desenvolvendo com o agravamento de problemas de natureza social (guerra, ambiente, pobreza, desigualdade) que configuram autênticos impasses civilizacionais. As promessas iluministas do triunfo da razão, de que a escola é historicamente herdeira e executora e cuja concretização a ciência e a técnica deveriam facilitar, encontram um obstáculo intransponível na imaturidade política dos nossos modos de governo social.
Canário nos passa as mutações da escola de forma que passa de uma escola de certezas para uma escola de promessas e por fim uma escola das incertezas. A escola se caracterizava em primeiro plano em uma desigualdade