Escala Ébia
A partir do final da segunda guerra mundial, a questão de Segurança Alimentar das populações era compreendida, basicamente, como uma limitação de disponibilidade de alimentos e uma ameaça aos países, especialmente os europeus que se encontravam, imediatamente após esse conflito, sem condições de produção de alimentos em quantidade suficiente para sua população. Essa primeira compreensão da Segurança Alimentar levou o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação (FAO), a propor um indicador de medida padronizado a partir da disponibilidade calórica per capita, com a finalidade de acompanhar tendências históricas e estabelecer comparações entre os países. (SEGAL et al., 2009). É importante ressaltar que as escalas aplicadas nesses estudos, além de possuir variados números de perguntas, diferem entre si por serem adaptadas às realidades locais.
Após os processos de elaboração e de validação em pesquisas preliminares da segurança alimentar, a escala foi aplicada em nível nacional, abrangendo 15 perguntas: nove deles relativos aos adultos moradores no domicílio e seis às crianças. “A cada pergunta da escala, referente ao período de noventa dias que antecedem ao dia da entrevista, são dadas as alternativas de respostas ‘Sim’ e ‘Não’ e, se a resposta é afirmativa, pergunta-se a frequência de ocorrência do evento nesse período, oferecendo-se as seguintes alternativas de respostas: ‘em quase todos os dias’, ‘em alguns dias’ e ‘em apenas um ou dois dias”.
A análise dos dados se baseia na soma das respostas afirmativas. Isso quer dizer que não basta apenas o morador dizer que ficou sem comer nos três meses anteriores à pesquisa para que o domicílio seja classificado como de insegurança grave. É preciso que ao menos dez perguntas tenham respostas positiva, no caso de lares sem crianças.
A Escala EBIA tem por objetivo avaliar famílias, nas questões de alimentação e segurança alimentar, auxiliando em políticas públicas no combate a