Insegurança alimentar
Insegurança alimentar é a falta de disponibilidade e o acesso das pessoas aos alimentos. Uma casa é considerada como tendo segurança alimentar quando seus ocupantes não vivem com fome ou sob o medo de inanição
A dificuldade de acesso, por parte da população brasileira, a uma alimentação adequada expõe o país à dura realidade da fome. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) usa a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) para classificar o problema em três níveis:
Insegurança alimentar leve - quando há receio de passar fome em um futuro próximo; Insegurança alimentar moderada - quando há restrição na quantidade de comida para a família;
Insegurança alimentar grave - nos casos de falta de alimento na mesa.
Quanto mais pobre a família, maior a proporção da renda gasta com alimentação. Em média, as despesas com comida, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, representam pouco mais de 20% das despesas. Porém, pode chegar a 90% em alguns locais do nordeste do Brasil.
O índice também é maior quando a mãe é a chefe da família ou quando são informações de negros ou pardos, o que mostra ainda mais a desigualdade social. O acesso a uma alimentação saudável e na quantidade necessária é um direito de todos, garantido pela constituição brasileira. A boa notícia é que número de pessoas em situação de insegurança alimentar no país vem diminuindo progressivamente.
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) cita a implantação de programas de transferência de renda com o Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxilio Gás e Bolsa Família como medidas importantes para a redução das injustiças sociais. De acordo com análise feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 1995 e 2008, 12,8 milhões de