Erros de enfermagem
A enfermagem sempre está em destaque na imprensa devido a erros. De quem é a culpa? Essa é a pergunta que nós profissionais da saúde fazemos.
FORMAÇÃO
A falta de formação adequada e de consciência sobre a função exercida são as principais causas dos erros de enfermagem.
O número de profissionais que cometem erro é pequeno, mas a questão é como erra. Em cinco anos, houve aumento de 30% de erros desses profissionais no Brasil e os conselhos têm julgado e punido com a perda do direto de atuar na área.
Há hoje no Brasil 1,5 milhão de profissionais na área – são 300 mil enfermeiros e 1,1 milhão de técnicos e auxiliares, segundo o Cofen.
Faltam políticas públicas que disponibilizem cursos de capacitação para esses profissionais. Eles não têm como se atualizar por conta própria, porque já ganham muito pouco.
No 62º CBEn (Congresso Brasileiro de Enfermagem), Maria Goretti Lopes fez a seguinte declaração:
“Estamos extremamente preocupados com o crescimento desordenado do número de escolas e cursos de enfermagem no país, muitos sem qualquer compromisso com a qualidade da formação de futuros profissionais”.
Segundo ela, atualmente são 1.015 cursos de graduação em Enfermagem no Brasil, sendo 84% em instituições privadas, com grande concentração nas regiões Sul e Sudeste.
A grande preocupação é o crescimento desses cursos e faculdades que não tem o mínimo de condições de funcionamento, não tem um corpo docente qualificado, muitos não tem nem laboratório, quanto mais campo de estágio para seus alunos.
FISCALIZAÇÃO
A presidente do Cofen, Marcia Krempel em entrevista ao Fantástico falou sobre os supostos erros de enfermagem. Relata que por força da lei eles não podem fiscalizar as escolas e faculdades de enfermagem, essa função cabe ao MEC. Porém o Cofen mantém uma parceria com o MEC para opinar sobre a abertura de novos cursos de nível superior e que, em muitos Estados, os Corens mantêm parcerias com as Secretarias de Educação para a avaliação