Erikson e a teoria psicossocial do desenvolvimento
O presente texto aborda questões relativas à Erikson e a teoria Psicossocial do Desenvolvimento. Sem negar a teoria Freudiana sobre desenvolvimento psicossexual, Erikson mudou o enfoque desta para o problema da identidade e das crises do ego, ancorado em um contexto sociocultural. O estudo da identidade tornou-se estratégico para o autor, que viveu em uma época onde a psicanálise deslocava o foco do id e das motivações inconscientes para os conflitos do ego.
Na verdade, é preciso considerar que as mudanças de enfoque na teoria psicanalítica ocorreram antes da morte de Freud ( Hall ET. AL., 2000). O que havia de ser contestado e modificado foi feito por seus discípulos em sua presença. Esta foi a causa de tantas dissidências em seu circulo de estudos.
Após a morte de Freud, a psicanálise sofreu espécie de ampliação e algumas ideias foram redefinidas, outras suprimidas, mas, em sua maioria até mesmo por decorrência do contato da psicanálise com a psicologia foram estendidas.
Em meados do Séc XX, Erikson começa a construir sua teoria psicossocial do desenvolvimento humano, repensando vários conceitos de Freud, sempre considerando o ser humano como um ser social, antes de tudo, um ser que vive em grupo e sofre a pressão e a influencia deste. A partir desta consideração ele formula sua teoria de forma a deixar duas importantes contribuições à Psicanálise:
“deixa uma teoria na qual o ego tem uma concepção ampliada e realiza estudos psico-históricos, exemplificando sua teoria psicossocial no curso da vida de algumas figuras famosas. Essa metodologia é totalmente nova para a psicanálise da época e na própria psicologia, pois estudos longitudinais eram muito raros e complexos de serem realizados, emboré se mostrem como um excelente método de validar teorias como a de Erikson, que trabalham o ciclo vital como um