Historia do ferro
O ferro começou a ser utilizado na construção a partir do século XVII. No entanto, a dificuldade de o produzir em larga escala limitou seu potencial por muito tempo. Os altos fornos que produziam o ferro eram aquecidos com carvão vegetal, o que era muito antieconômico. Segundo Costa (COSTA, 2001), para aquecer um alto forno e produzir 15 toneladas de ferro por semana era preciso derrubar 1 acre (150m²) de floresta, o que limitava em muito sua produção.
A grande mudança ocorreu em 1709 nos fornos de Abraham Darby, em Coalbrookdale, quando o forjador conseguiu, com sucesso, substituir o carvão vegetal por coque, o que possibilitou a criação de grandes estruturas de ferro fundido com o uso de fôrmas. O uso do coque para aquecer os altos fornos já havia sido tentado e produzido patentes nos anos 1589, 1595 e 1607, mas ou resultavam em nada ou não conseguiam apelar para a indústria.
Por muito tempo a inovação se limitou a poucos altos fornos espalhados pelo país, porque o ferro produzido com o uso do coque não podia ser forjado. Na década de 50, o filho de Darby conseguiu ultrapassar essa dificuldade, abrindo caminho para a produção industrial, que primeiramente atingiu a produção ferroviária. Os primeiros trilhos de ferro fundido foram feitos em 1761.
Ao fim do século 18 vários fatores impulsionaram a produção de ferro fundido, dentre eles o desenvolvimento da máquina à vapor, a construção de pontes e, particularmente, os canais navegáveis. Os canais, e depois as ferrovias, permitiam mais liberdade no transporte e a produção industrial não mais ficava dependente dos rios para obtenção de energia. No entanto, em vez das indústrias se dispersarem, começaram a se concentrar ao redor das minas de carvão