Erick Historia
MANACORDA, Mario Alighiero. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1997. 382 p.
No primeiro capítulo o leitor é apresentado ao antigo Egito. Banhado pelos rios Tigre e Eufrates, seu povo precisou desenvolver técnicas e ciências, como astronomia, para utilizar os recursos existentes. No Antigo Império, a literatura sapiencial (em formato narrativo, com ensinamentos morais e comportamentais) evidencia um tipo de educação que visava o homem político, ou seja, seu conteúdo baseava-se na arte de falar para dominar as classes inferiores. O ensino era transmissivo (seja de pai para filho ou de mestre escriba para discípulo), mnemônico e repetitivo. Na Idade Feudal houve uma preocupação com a decadência da disciplina social, principalmente devido aos demagogos, homens que não pertenciam à classe dominante e que se atreveram a utilizar a arte da palavra, algo considerado um ultraje. No Médio Império o livro (feito em rolos de papiro) teve um caráter importante, e a palavra falada deu lugar à palavra escrita, consequentemente, o ofício de escriba foi muito valorizado. As poesias satíricas tinham como tema as classes populares, que, infelizmente, podiam explorar suas capacidades apenas no trabalho. No período de 1785 a 1880 a .C. foram temas de debate a educação severa, permissiva e os cuidados na primeira infância. A educação física teve papel relevante pois o próprio faraó era visto como hábil na arte da guerra. No Novo Império foram incluídos cadernos de exercício no material educativo e há registros de que havia punições corporais. Aprendia-se a ler cantarolando em voz alta e tudo era feito por memorização, inclusive os exercícios matemáticos, pois o raciocínio era reservado para graus superiores dos estudos. No período demótico o alfabeto foi difundido nas classes dominantes, as demais, entretanto, receberam pouca instrução. As classes populares não tiveram