Ergonomia
Tornou-se banal falar da desproporção que existe entre os cuidados dedicados á fabricação das máquinas ou á definição dos organogramas e a atenção dada aqueles que, através de seu trabalho, asseguram o funcionamento cotidiano. È este desequilíbrio desde suas origens , que a ergonomia tenta corrigir seja qual for a natureza da ação empreendida : diagnóstico para compreender as dificuldades encontradas ou os agravos á saúde , inscrição em processos de mudanças, tais como, a condução de projetos .
Através de diversidades dos atores e das formas de intervenção , existe hoje um dia uma pluralidade de abordagens da ação ergonômica. O recurso á ergonomia em situações de produção ou de serviço pode se dar através de diferentes interventores. Pode-se se tratar de pessoas não formadas em ergonomia( ex.: projetista usando normas ou recomendações gerais), pessoas tendo recebido uma formação complementar em ergonomia em maior ou menor escala ( é o caso de certos médicos do trabalho, dos membros de CHSCT, dos profissionais de concepção e , ás vezes dos operadores), e por fim de ergonomistas qualificados .Estes podem ter estatutos extremamente diversos : assalariados da empresa a qual atuam, consultores externos, membros de organismos de serviço público ou de associação. O que distingue um ergonomista profissional de um outro interventor usando ergonomia é essa capacidade de mobilizar um largo espectro de conhecimentos e métodos , e de articulá-los de maneira pertinente nas situações singulares.
UMA BASE COMUM
A ergonomia: uma disciplina de ação. - Uma característica essencial de toda intervenção ergonômica é que ela se contenta em produzir um conhecimento sobre as situações do trabalho: ela visa a ação. Essa perspectiva comum de ação pode se aplicar os objetos diversos: uma situação de trabalho existente , situações a conceber , uma classe de situações .Tradicionalmente , a ação ergonômica leva em