Introdução A ergonomia é uma ciência que estuda várias condições ocupacionais, como: fatores ambientais, posturais, operacionais e organizacionais, além do ritmo, turno, carga e intensidade de trabalho (LIDA, 1990). Grandjean (1998) define a ergonomia por uma disciplina que permite ao profissional modificar o posto de trabalho para o trabalhador, buscando através de análises e pesquisas a melhoria das condições ocupacionais conforme as necessidades de cada funcionário. Segundo Wisner (1994), a ergonomia complementa o trabalho por intermédio de boas condições, por meio de melhorias na segurança, conforto e eficácia para que então, o trabalhador possa usufruir de melhores condições ocupacionais e desta forma desenvolver atividades com suas ferramentas, máquinas e dispositivos. Durante a revolução industrial ocorreram grandes avanços e desenvolvimento do trabalho, forçando os trabalhadores a realizarem suas tarefas como uma máquina, transformando-o em um fantoche, destinado a desempenhar atividades cotidianas cansativas e monótonas, exigindo o seu máximo, tornando-se mais suscetível a lesões ocupacionais (MOTA, 2002). Entretanto, devido à introdução e ascensão da tecnologia, o homem foi substituído pelas máquinas, tendo em vista que as mesmas realizavam as atividades de vários trabalhadores, sem a necessidade de pausas e sem desenvolverem ciclos lesivos, levando a um decréscimo do trabalho manual que favoreceu a diminuição de movimentos repetitivos (GUBERT, 2001). Os movimentos repetitivos podem contribuir para a sobrecarga das estruturas musculoesqueléticas resultando em lesões importantes advindas principalmente pela prática ocupacional. O termo LER (Lesões por Esforços Repetitivos), utilizado no Brasil a partir da década de 1999, foi substituído pelo termo DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) (RANNEY, 2000). Segundo Aguiar (1998), LER se caracteriza por inflamações que podem comprometer ligamentos, nervos, tendões,