INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA INTRODUÇÃO: A insuficiência respiratória aguda é uma das principais causas de internamento em unidade de terapia intensiva, sendo também responsável pelo elevado período de internamento, apresentando morbimortalidade elevada. DEFINIÇÃO: Podemos definir insuficiência respiratória aguda como uma impossibilidade do sistema respiratório em atender aos seus objetivos primordiais, que são a manutenção da oxigenação e/ou ventilação do paciente e que se instala de modo abrupto. Como conseqüência desta anormalidade o sangue venoso que retorna aos pulmões não é suficientemente oxigenado , assim como o dióxido de carbono não é adequadamente eliminado. Este quadro tem como expressão gasométrica: PaO2 < 50mmHg e/ou PaCO2 > 50mmHg ( com pH < 7.35 ) No caso de patologia pulmonar crônica a presença de PaO2 < 50mmHg e PaCO2 > 50mmHg não é conclusivo de insuficiência respiratória aguda, pois a compensação renal da acidose respiratória crônica vai determinar um pH normal. Porém a acidose respiratória associado a um pH< 7.35 é imprescindível para caracterizar uma acidose respiratória crônica agudizada. DIAGNÓSTICO: Como se trata de uma quadro extremamente grave e que esta pondo em risco a vida do paciente o diagnóstico deve ser rápido, preciso e as medidas terapêuticas normalmente requerem condutas rápidas e agressivas. Sua expressão clínica mais importante é a dispnéia cujo surgimento, intensidade, rapidez e evolução fornece dados valiosos para o diagnóstico e tratamento. Outros sinais e sintomas devem ser levados em consideração, como por exemplo a cianose que é considerada importante sinal de comprometimento respiratório. Devemos no entanto saber que o seu aparecimento ocorre na presença de no mínimo 5g/dL de hemoglobina reduzida no sangue. Concluímos portanto que em casos de anemia o grau de hipoxemia será bem mais acentuado para que ocorra a cianose. Diante de uma suspeita de IRpA