Ergonomia organizacional
A Ergonomia pode ter várias definições de acordo com os sistemas que estão sendo analisados. É considerada uma ciência por gerar conhecimento, e como tecnologia por seu caráter prático e aplicável às transformações. Para Murrel é o estudo das relações e adequações do homem ao seu ambiente de trabalho, já Eplat afirma que ergonomia é uma tecnologia para organização do sistema homem-máquina. A Associação Brasileira de Ergonomia cria padrões de adequação ergonômica, para adaptar as atividades de trabalho às características, habilidades e limitações das pessoas, buscando o desempenho eficiente, confortável, seguro e saudável. Os estudos sobre ergonomia mostram que desde os primórdios dos tempos já se analisava as condições de trabalho das pessoas, assim como na pré-história, em que os utensílios eram adaptados com o tempo, melhorando sua eficiência e manuseabilidade. Existem registros da Antiguidade que apontam riscos físicos e deformações posturais causadas pela ergonomia, mas foi na Idade Média com a biomecânica e antropometria que tomaram forma, com os estudos de Leonardo da Vinci, a Revolução Industrial também trouxe grandes avanços na interação entre pessoas e máquinas. Durante a II Guerra Mundial foram criados instrumentos bélicos como aviões, submarinos e tanques complexos, que exigiam do operador grande
habilidade de atuar em situações de risco, como altas pressões, falta de oxigênio e tensão, os projetistas não consideravam o funcionamento do organismo humano nessas condições, o que gerava acidentes fatais. Isso gerou grandes investimentos com pesquisas para adaptação dos
equipamentos ao operador. Em sua atividade de trabalho o ser humano interage com os diversos componentes do sistema de trabalho: com os equipamentos, instrumentos e mobiliários, formando interfaces sensoriais, energéticas e posturais, com a organização e o ambiente formando interfaces ambientais, cognitivas e organizacionais. O organismo, a mente e o