Ergonomia hospitalar: a questão do serviço da enfermagem
Introdução Por se tratar de um sistema sociotécnico no qual interagem múltiplos profissionais, a prestação de serviços de saúde é uma área de grande complexidade e em constante transição. Os hospitais devem responder a vários desafios, tais como a introdução de novas tecnologias, o aumento da expectativa de vida dos doentes, o envelhecimento da população e dos seus profissionais, a expansão e alteração dos serviços, contenção de custos (independente do aumento da procura destes serviços), trabalho em turnos, dentre outros. Devido esses desafios e ao impacto social e econômico há um grande leque de oportunidades para a Ergonomia contribuir através de melhorias a níveis da concepção, implantação, organização, seleção da tecnologia e, em particular, dos aspectos relativos à Saúde e Segurança dos profissionais de saúde. O aumento da procura de serviços de saúde gera uma pressão organizacional sobre os gestores, administradores e demais profissionais do ramo da saúde. A contribuição da Ergonomia é fundamental para a adequação de exigências a nível da qualidade da prestação de cuidados de saúde, redução do número de acidentes ou erros e melhor aproveitamento dos recursos, como também de respostas que se esperam em relação à variabilidade individual e de contextos. Segundo Fernandes Filho e Moura (1999), inúmeros produtos são inseridos no ambiente hospitalar e devido à inadequação dos mesmos aos setores e atividades a que se destinam, vieram as situações de riscos à saúde de pacientes, equipes e visitantes. É nesse quadro que se insere a Ergonomia Hospitalar. Conforme Galdino e Soares (2001), promover o conforto, a segurança e a satisfação do usuário do produto hospitalar, minimizando seus constrangimentos físicos e psíquicos, são os objetivos da ergonomia aplicada à organização hospitalar. Sendo assim este estudo tem por objetivo o levantamento da atuação da ergonomia em ambientes hospitalares, bem