Era Vargas

1930, foi um ano que marcou o desenvolvimento de uma revolução que quebrou a hegemonia política que estava sendo criada no Brasil desde os primórdios do regime republicano. Com o clima de acirramento político que cercava a sucessão de Washington Luís, qualquer coisa faria surgir um levante armado contra o governo. E o que causou este confronto com o governo foi o o assassinato do governador da Paraíba, João Pessoa, que tinha uma política modernizadora e combatia o coronelismo político, desse modo, conquistou várias inimizades. A chamada Revolução de 1930 nos aponta um rearranjo determinado pelas mudanças vividas na estrutura social e econômica do país. Desde 1920, as oligarquias já sofriam com toda a pressão por parte dos militares participantes do movimento tenentista e além disso pela crise econômica gerada pela diminuição dos negócios firmados no mercado externo. Era claro que não seria possível sustentar uma estrutura de poder voltada ao favorecimento dos grandes proprietários de terra e à agroexportação. Os centros urbanos foram crescendo e, com eles, novos grupos que demandavam outras coisas. Ao longo da revolução, Vargas e os participantes da Aliança Liberal se esforçaram para conquistar o apoio desses grupos, dos tenentes e dos trabalhadores assalariados, principalmente.
Mas o que a Revolução de 30 e a própria Era Vargas, trouxe realmente, é espaço para esses grupos numa política com características cada vez mais heterogêneas. Operários, empresários, comunistas, profissionais liberais, militares determinaram uma nova realidade onde o debate político estava voltado para os grandes centros urbanos do Brasil. As leis trabalhistas, o desenvolvimento das indústrias, a criação de empresas estatais marcaram essa mudança na economia nacional. Criação da Companhia Siderúrgica Nacional (1941) e da Fábrica Nacional de Motores (1943). O café e outros produtos agrícolas que visavam a exportação também foram privilegiados. O meio rural e o urbano deveriam estar em