Era Das Revolu Es

Era das Revoluções

Depois da derrota francesa na Guerra de Sucessão Espanhola, foi assinado o Tratado de Utrecht que definia, no plano do direito internacional, o conceito de equilíbrio de poder. A partir daquele momento, nenhum estado poderia possuir tanta força a ponto de conseguir dominar os demais e, ao contrário, todos teriam de ter um mínimo de poder objetivando manter sua soberania intacta. Ao lado da ideia de ´´ razão de estado``, estabelecida pelo Cardeal Richelieu, no contexto do apoio francês, um país católico, a nações protestantes contra o católico Império Habsburgo durante a Guerra dos 30 anos, se somou à ideia de ´´ razão de sistema´´. Tal conceito previa que é função dos estados, além de pensar nos seus interesses{`` razão de estado}, se preocupar com os interesses maiores do sistema internacional, mantendo a qualquer custo o equilíbrio de poder no âmbito europeu. É interessante analisarmos o processo de construção do sistema internacional desde o fim da Guerra dos 30 anos. Primeiro, com a Paz de Westfalia, foi estabelecido o conceito de soberania e a responsabilidade dos soberanos de manter alguma estabilidade institucional{ direito internacional}, agora com a assinatura de Utrecht a ideia de equilíbrio de poder é acrescentada ao sistema westfaliano. Dentro deste contexto, o século XVIII se inicia tendo como característica principal uma grande estabilidade política e geopolítica, as guerras que ocorriam eram pontuais e circunstancias, o sistema estava estável com a Europa desfrutando de uma relativa situação de paz. Não à toa que esse período é marcado por um grande avanço das artes, das ciências, marcando uma era de enorme prosperidade intelectual exemplificada pelo surgimento de grandes autores como Kant, Rousseau, Locke e Montesquieu. Os europeus passam a sentir, pela primeira vez em sua história, que faziam parte de uma `` grande comunidade europeia``, constituindo a representação do mundo ´´ civilizado´´. Se analisarmos