Er e Socio Golpe 64
Hoje, em dia, não é dada a importância merecida ao movimento histórico que foi o Golpe de 1964, pois vivemos em uma época que a constituição pós-iluminista nos garante os direitos humanos, que nos garante o direito de que não sejamos torturados, humilhados nem reprimidos como foram a geração de 64.
São lenvantados três aspectos a serem discutidos sobre o Golpe de 1964, a dor dos perseguidos, silêncio/repressão e o porquê do Golpe.
Quando a ditadura se instalou o silêncio virou lei, se alguém desrespeitasse a lei e fosse descoberto, não havia outra alternativa, a pessoa era torturado. “Dizem que a memória deleta a dor, mas a memória não deleta a dor da tortura. Ela permanece com a pessoa até a morte. É muito difícil você esquecer o que você passou lá.” (Ferro Costa)
“Toda dor humana pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma história. A dor que nós sofremos, as cicatrizes visíveis e invisíveis que ficaram nesses anos podem ser suportadas e superadas porque hoje temos uma democracia sólida e podemos contar nossa história”, disse Dilma Rousseff, ao citar a filósofa alemã Hannah Arendt.
Os militantes repressores utilizavam vários métodos de tortura, como cadeia do dragão, pau-de-arara, afogamentos, geladeira, soro da verdade, espancamentos, abusos sexuais e torturas psicológicas, que eram tão cruéis, levando à morte dos torturados ou deixando-os loucos.
Além da repressão violenta, havia também a censura. Durante a ditadura, foi enorme a censura sob as produções culturais que contrariavam as doutrinas militares. O órgão responsável por ela, durante o regime, era a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP).
O golpe de Estado limitou-se a um movimento das elites políticas e visava a substituição de autoridades, para restabelecer a hegemonia de alianças políticas mais fortes entre a própria classe dominante. Mas o golpe, para uma grande parcela da população, alienada pelo catolicismo e influenciados pelos