Equinocultura
2. Referencial Teórico
2.1 Etologia equina
Os cavalos já acompanham o homem há centenas de anos, e, até hoje, é um animal impressionante, que ajuda o homem a desenvolver diversas atividades, desde a alimentação até o transporte. Com isso, torna-se necessário conhecer os hábitos e o comportamento destes animais espetaculares (BERTOLINI, 2012).
Estereotipias são comportamentos anormais invariáveis e repetitivos sem função, considerados potenciais indicadores de desordens fisiológicas com consequente redução do bem-estar do equino (WATERS; NICOL; FRENCH, 2002 apud RIBEIRO, 2013).
Os equinos retirados do seu habitat natural e submetidos ao confinamento sofrem adaptação a esta nova condição, que propicia o aparecimento das alterações comportamentais em decorrência do confinamento prolongado desses animais que pode desprovê-los de alguma ou todas as cinco liberdades consolidadas de bem-estar animal. As cinco liberdades, definidas pelo Comitê Brambell em 1965 e revisadas em 1993 pelo Conselho de Bem- Estar de Animais de Produção (Farm Animal Welfare Council) consistem em garantir que os animais estejam livres: de fome e de sede; de dor, lesões e doenças; de desconforto; de medo e de estresse; para expressar comportamento natural (FAWC, 2009 apud RIBEIRO, 2013).
O uso de metodologias científicas aliado ao conhecimento histórico ou Etnozootécnico tem permitido informações à produção animal que vão desde questões de hábitos alimentares, hábitos de pastejo, conduta social e reprodutiva que vão sendo incorporados nos manejos específicos de cada espécie no dia a dia das propriedades rurais. Dentre os animais domésticos o Equus caballus tem tido um destaque mundial em estudos de comportamento, talvez, por ser a única espécie que promove a perfeita interação do trinômio homem/animal/ambiente (TRAVASSOS, 1990).
A restrição ao habito de pastejo, a ausência de grupos de convivência social, somados a ociosidade fizeram com