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3444 palavras
14 páginas
Telmo Pais É um velho aio,que não é nobre, contudo a sua convivência com as famílias nobres “deu-lhe” todas as características de um nobre. É o confidente de Madalena e de Maria. Fiel, dedicado, é o elo e ligação entre as duas famílias (os dois maridos de Madalena), é a chama viva do passado que alimenta os terrores de Madalena.É muito critico, cria juízos de valor e é através dele que consciência das personagens fragmentada que vive num profundo conflito interior pois sente-se dividido entre D.João de Portugal e Maria, não sabendo o que fazer.
É um sebastianista e sofre muito pela sua lealdade.Manuel - Ora ouve cá, filha. Tu tens uma grande propensão para achar maravilhas e mistérios nas coisas mais naturais e singelas. E Deus entregou tudo à nossa razão, menos os segredos de sua natureza inefável, os de seu amor, e de sua justiça e misericórdia para connosco. Esses são os pontos sublimes e incompreensíveis da nossa fé! Esses crêem-se; tudo o mais examina-se. Mas vamos: (sorrindo) não dirão que sou da Ordem dos Pregadores? Há-de ser destas paredes, é unção da casa: que isto é quase um convento aqui, Maria... Para frades de S. Domingos não nos falta senão o hábito...
Manuel, nobre e cavaleiro de Malta
Madalena - [...] Oh! e quantas faluas navegando tão garridas por esse Tejo! Talvez nalguma delas - naquela tão bonita - venha Manuel de Sousa. Mas neste tempo não há que fiar no Tejo: dum instante para o outro levanta-se uma nortada... e então aqui o pontal de Cacilhas! Que ele é tão bom mareante... Ora, um cavaleiro de Malta! (olha para o retrato com amor)
(acto I, cena II)
Maria - O que eu sou... só eu sei minha mãe... E não sei, não: não sei nada, senão que o que devia ser não sou... - Oh! porque não havia de eu ter um irmão que fosse galhardo e valente mancebo, capaz de comandar os terços de meu pai, de pegar numa lança daquelas com que os nossos avós corriam a Índia, levando adiante de si Turcos e Gentios! um belo