Episódio do hotel central
Portugal: a ditadura salazarista
As dificuldades económicas e a instabilidade política e social que caraterizaram a 1ª República em Portugal, assim como a subida ao poder de regimes autoritários em alguns países da Europa, criaram as condições para que se desenvolvesse um regime ditatorial: o Estado Novo. Este regime político, liderado por Salazar durante cerca de 40 anos, revelou-se autoritário, corporativista, conservador, colonialista e repressivo, apresentando alguns aspetos em comum com o fascismo.
A ascensão de Salazar
O golpe desencadeado pelas Forças Armadas, em 1926, instaurou uma ditadura militar em Portugal, a exemplo do que se passava noutros países da Europa. Contudo, a instabilidade política e os problemas económicos persistiram, contribuindo para agravar o défice orçamental (o valor das receitas do Estado era inferior ao valor das despesas) e a dívida externa. Foi neste clima de instabilidade que, em 1928, o general Óscar Carmona, já chefe do Governo e agora candidato único às eleições, foi eleito Presidente da República.
Carmona convidou António de Oliveira Salazar, professor da Universidade de Coimbra para ministro das Finanças. Salazar só aceitou o cargo depois de ver garantida a possibilidade de supervisionar os orçamentos de todos os ministérios e de ter direito de veto sobre os respetivos aumentos de despesas.
Recorrendo, sobretudo, ao aumento dos impostos e à redução das despesas púbicas (principalmente nos domínios da Saúde, da Educação e nos salários dos funcionários públicos), Salazar conseguiu realizar as finanças do País. Logo no final do primeiro ano de mandato como ministro do país. Logo no final do primeiro ano de mandato como ministro das Finanças, conseguiu que o valor das receitas do Estado fosse superior ao valor das despesas.
Salazar, «Salvador da Nação»
O sucesso da política financeira de Salazar deu-lhe imenso prestígio e converteu-o no «Salvador da Nação». Em 1929, dirigindo-se ao País, afirmava, à