Epistemologia

Que estranho é encontrar o amor da sua vida na sua vida.

Vamos supor que cada ser humano tem uma alma gêmea, um amor predestinado. Até aí é algo simples de se imaginar, mas em um mundo com 7 bilhões de pessoas de diferentes idades, com diferentes culturas e religiões, e ainda com 5 diferentes continentes onde alguns são separados por imensos oceanos começa a ficar mais difícil pensar dessa forma.
Se cada um de nós tivesse um amor predestinado, penso que seria muito difícil encontrá-lo, pois ele poderia estar em qualquer lugar do mundo. Seguindo essa lógica, me vem uma pergunta: Quem garante que você se encontraria com esse tal amor? Além disso, pensando não somente na barreira territorial, poderia existir a barreira do preconceito quanto à idade, sexo e religião. Por exemplo, uma mulher de 40 anos pode ter como o amor da vida dela um rapaz de 24 anos. Ou, um homem poderia ter o seu grande amor por outro homem, e o amor da vida de um judeu poderia ser uma pessoa de outra religião. Mas, o relacionamento desses três exemplos poderiam não acontecer por preconceito próprio, dependendo da história de vida dessa pessoa ou da sociedade em que ela está inserida.
Até mesmo as escolhas do próprio individuo poderiam levar a separação dele com a sua suposta “alma gêmea”, pois as escolhas de cada um poderia levar a essa separação. Um poderia escolher ser padre e manter o voto da castidade, outro poderia se casar com outra pessoa, e outros poderiam ter acabado com a sua própria vida antes de conhecer a tão esperada pessoa.
E ai, de novo, me vem uma pergunta: isso não seria injusto?
Talvez quem acredite em Deus possa achar que Ele de alguma forma em algum momento da vida põe a oportunidade de cada um encontrar com a pessoa amada, mas aí, vai depender de nós agarrarmos a oportunidade. Talvez a chance estivesse numa viagem que você acabou não fazendo. Talvez a pessoa estivesse tão concentrada em outros pontos da vida que o amor estava ao seu lado e você simplesmente não