epidemologia

Discussão
Este estudo teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico de pacientes que desenvolveram Doença Trofoblástica Gestacional no IMIP no período de 2000 a 2014, sua evolução e os principais fatores de risco. Devemos destacar a importância deste estudo devido à infrequência de estudos comparativos, tão como avaliando associação entre fatores de risco e suas complicações, assim como a intensidade destes riscos.
Felizmente, a doença trofoblástica gestacional não se apresenta como uma doença de elevada morbimortalidade, e apenas 3% evoluem para o coriocarcinoma. No quesito epidemiológico, porém não devemos destacar esse aspecto visto que no momento da ocorrência de complicações, a possibilidade acometimento sistêmico é importante.
No nosso estudo, algumas características apresentaram uma prevalência elevada o que era esperado, tais como baixo nível socioeconômico e os antecedentes de gestação molar. Da mesma forma, e em números absolutos, as pacientes jovens eram as mais acometidas devido a maior probabilidade de gestações nesta faixa etária, no entanto, os casos de mola apresentam incidência aumentada próxima ao início ou ao fim da idade fértil. No presente estudo, a média de idade permaneceu de acordo com a literatura, 23 anos.
No estudo em questão, não foi observado relação significativa da DTG com doenças associadas. Porém, como o estudo não possui fins analíticos, apenas descritivo, esta afirmação não possui o poder estatístico adequado, caracterizando uma das limitações metodológicos.
Constatando a baixa escolaridade, contribuindo para o baixo nível socioeconômico, aproximadamente 68% das pacientes não chegaram ao ensino médio, destacando 7,3% de analfabetismo. Esse fato é de grande importância devido à ausência ou dificuldade na procura de assistência no pré-natal e menor possibilidade de acompanhamento, devido ao menor nível intelectual e cognitivo. O fator escolaridade e nível socioeconômico leva a outra característica social que se refere à