Epidemiologia do envelhecimento no nordeste
INTRODUÇÃO
O rápido processo de envelhecimento da população brasileira tem sido estudado com mais frequência nos últimos tempos. Estima-se que a faixa etária com 60 anos ou mais passará de 5% da população total, em 1960, para 14% em 2025.
Cerca de 75% dos idosos do Brasil vivem nas regiões Sudeste e Nordeste. As condições precárias da vida no Nordeste tem motivado a migração de muitos jovens para outras regiões do País.
Esse envelhecimento rápido da população brasileira proporciona desafios cada vez maiores aos serviços de saúde, sendo imprescindível o conhecimento das necessidades e condições de vida desse segmento da população brasileira.
O objetivo deste trabalho é traçar o perfil multidimensional dos idosos de uma área urbana no Nordeste e compará-lo com dados de estudo semelhantes realizado na cidade de São Paulo.
MÉTODOS
Amostragem
O trabalho foi realizado em 5 distritos de Fortaleza (Sede, Parangaba, Messejana, Mondubim e Antonio Bezerra) com pessoas com 60 anos ou mais com os indicadores: renda do chefe da família, percentagem de casas com saneamento, nível educacional, tipos de habitação e proporção de pessoas com 60 anos ou mais, o que possibilitou a identificação do distrito com melhor, intermediário e pior nível socioeconômico (Fortaleza, Antônio Bezerra e Parangaba, respectivamente).
Seleção dos domicílios
Foi feito o ordenamento e seleção por nível socioeconômico, identificando os setores censitários e realizando amostragem aleatória simples de idosos do mesmo domicílio.
Tamanho da amostra
Os distritos da Sede, Parangaba e Antonio Bezerra apresentavam, respectivamente, uma população de 744.000 (7% de idosos), 268.080 (6,4% de idosos) e 193.914 (5% de idosos) habitantes, sendo estudado, aproximadamente, 0,5%, 1,5% e 2% dos idosos, respectivamente.
Instrumento
Foi adotada a versão brasileira do questionário OARS para