Epidemia Depressiva
Resenha Crítica
“Epidemia Depressiva”
O artigo trás o tema da epidemia depressiva, abordado no contexto do trabalho, onde vão ser discutidas algumas teorias sobre a origem da depressão, e no caso, como se caracteriza a depressão, uma patologia que vem como uma epidemia. A depressão é caracterizada como um mal estar contemporâneo ou mal do século. O texto nos mostra que a depressão não é uma patologia nova, mas ganhou ênfase e destaque com o nascimento do capitalismo, a sociedade de consumo, que busca uma forma de vivencia acelerada, mudanças nos padrões de normalidade, medicalização da sociedade etc. Diversas teorias já tentaram explicar como surgiu a depressão, e como essa patologia é caracterizada, mas o que chama a atenção é que todas as teorias tem um mesmo sintoma – a ausência do trabalho. Essa característica em comum chama a atenção, e o que leva os pesquisadores a aprofundar mais no assunto, que muitas vezes é esquecido.
Com o surgimento do capitalismo, veio junto a ideia de medicalizar a sociedade. Com o surgimento da psicopatologia, surgiu também o DSM, que já esta na sua quarta edição, catalogando e explicando as doenças mentais especificas. Com o surgimento do DSM, houve uma patologização do comportamento e do afeto, sempre associados ao consumo psicotrópicos – para cada afeto um droga. Qualquer desvio em relação ao normal, já se criava uma nova droga, para que as pessoas pudessem voltar a serem “normais”, voltar aos padrões da normalidade, uma forma de controle social. A medicalização engloba um contexto geral, não só se atem as doenças e transtornos, mas também ao social, a vida das pessoas. A depressão é a perda do valor próprio, e a sociedade se depara a todo o momento com as questões da psicanálise. O individuo é visto como uma pessoa que tem preguiça de viver, de encarar os problemas, preguiça de trabalhar, enfim, é visto pela sociedade como um vagabundo sem rumo,