Enxames de galáxias
As primeiras observações efectuadas mostravam que existiam grupos e enxames de ga-láxias, mas acreditava-se que poucas seriam as galáxias que estariam agrupadas, o que fazia dos enxames raros agrupamentos de estrelas num céu dispersamente “povoado”. A existência destes grupos era provada pela observação de Coma e Virgem, dois dos mais discerníveis enxames observáveis no céu.
Foi graças a observações mais alargadas que esta visão da distribuição de galáxias foi alterada. Iniciando-se por Abell, em Palomar, que identificou um grande número de en-xames (2712).
1.2 – Definição e importância dos enxames de galáxias
Enxames de galáxias são as entidades com mais massa no Universo, que são mantidas através da força da gravidade. São grupos formados à pouco mais de quatro quintos da idade do universo (ou seja, têm entre 12 a 13 mil milhões de anos), constituídos por várias galáxias, cujo número oscila entre poucas dezenas e pode chegar mesmo a atingir vários milhares. No espaço intergaláctico existe também uma enorme quantidade de gás, com uma temperatura superior a 10 milhões kelvin. Mas como este se encontra espalhado por todo o enxame a sua concentração por centímetro cúbico é baixa, não existindo reacções termonucleares.
Devido à interacção gravitacional entre as galáxias estas tendem a interagir entre si, modificando-se ou mesmo fundindo-se. No centro do enxame, com a grande concentração de massa devido à “matéria negra” e às galáxias, existe uma especial tendência para a inte-racção. A elevada temperatura do gás intergaláctico é devido a estas interacções.
O estudo de enxames de galáxias é extremamente importante para a cosmologia actual, visto que nos permite estudar situações como a existência de “matéria negra”, pois o estu-do de enxames mais distantes (para elevados valores de redshift), resultou em novos dados sobre a distribuição da massa, propriedades e a distribuição de galáxias.
1.3 –