EntrevistaAJoanaRita Ilustradora ContadoraDeHist Rias

2412 palavras 10 páginas
Entrevista a Joana Rita

Entrevista à Ilustradora, dançarina, contadora de histórias -- e mais uma série de coisas – da multifacetada Joana Rita

1. Como descreves o processo de contares histórias à pequenada?
A criação e contação de histórias é uma actividade apaixonante. Contar histórias é sempre um momento único e mágico, que nunca se repete exactamente igual, e que traz sempre algo de novo e inusitado. Os adultos assustam-me (risos), e parece que as crianças me entendem melhor, são honestas e óptimos críticos. Faço sempre um processo de “impregnação da história”, isto é, a história tem de entrar dentro de mim para a contar com autenticidade, mas deixando sempre espaço para a improvisação. Aliás, acho que em tudo na vida eu gosto de deixar esse espaço para o que surgir no momento, parece-me que assim sou mais honesta comigo mesma e com os outros.

2. Como é que surgiu essa vontade de contares histórias?
Eu sempre gostei muito de ler e de escrever, tive o privilégio de ter uns pais que desde cedo me incutiram o fascínio pelos livros e o meu irmão, que era muito reguila, pedia-me para inventar histórias e fazer bandas desenhadas portanto, eu tinha de dar asas à imaginação para o entreter e convencer a fazer as coisas (risos)! Aos 10 anos comecei a fazer os meus diários, criei um alfabeto secreto para ninguém entender os meus escritos, e adorava fazer as composições para a escola pois a escrita, tal como o desenho, era um mundo de infinitas possibilidades. Diversas vezes as minhas poesias ou textos eram publicados no jornal da escola e cheguei a concorrer a alguns concursos onde fui premiada. A vontade de contar histórias não teve propriamente um dia e hora exacto de nascimento, mas o momento em que vi, em Coimbra, a maravilhosa contadora Helena Faria (a quem eu apelido de “a minha mãe das histórias”), foi sem dúvida marcante... Por outro lado, eu tinha uma série de personagens na minha cabeça e que transpunha para o papel, mas a quem faltavam histórias para

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